SÁBADO 18 NOVEMBRO, 15H00

CCVF

Projeto Sonoscopia / Guimarães Jazz • Elliott Sharp

Elliott Sharp guitarra elétrica

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Elliott Sharp
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2023.11.18 GJ Projeto Sonoscopia / Guimarães Jazz • Elliott Sharp

In a year when the tendencies of experimentation, both within jazz as well as in the context of its contemporary orbits, are perhaps more prominent in this program of the festival than in previous editions, the partnership between the collective Sonoscopia and Guimarães Jazz is worth of an special emphasis due to, among all the other reasons intrinsic to this project, the prestige and the enormous artistic influence of the musician who in 2023 was chosen to embody it: the great composer and multi-instrumentalist Elliot Sharp.

Nascido em 1951, Elliot Sharp é, em virtude do seu corpo trabalho multifacetado e extraordinariamente criativo ao longo das últimas quatro décadas, uma das figuras centrais da cena avant-garde nova-iorquina da atualidade. Um músico com formação em piano clássico e um sólido currículo académico, que incluiu estudos de composição musical, jazz, antropologia e eletrónica em instituições académicas de prestígio, Sharp cedo se desviou das trajetórias musicais normativas para se aventurar pelos territórios mais instáveis, embora mais desafiantes artisticamente, da experimentação sem fronteiras estilísticas ou estéticas, sendo disso prova as suas precoces explorações, inspiradas pelas obras musicais e teóricas de Karlheinz Stockhausen, Iannis Xenakis ou de Harry Partch, das sonoridades eletrónicas geradas pela manipulação de moduladores e osciladores. No final dos anos 1970, sob a influência tanto dos compositores de vanguarda anteriormente referidos como pela guitarra de Jimi Hendrix e pela lírica em fluxo de consciência de Bob Dylan, Elliot Sharp inicia o seu percurso profissional na música, inaugurando assim um trajeto criativo multidimensional e eclético suportado fundamentalmente na intersecção dos inúmeros territórios artísticos da contemporaneidade, desde a composição orquestral à improvisação livre, do jazz até à música eletrónica, da qual é considerado um dos pioneiros em virtude das suas experimentações com computadores e algoritmos no âmbito do projeto Virtual Stance, na já distante década de 1980. Um multinstrumentista focado sobretudo na exploração da guitarra, embora seja também fluente no saxofone e no clarinete, Sharp colaborou ao longo da sua carreira com nomes epicentrais da música global, tais como, entre muitos outros, Jack DeJohnette, Sonny Sharrock, Debbie Harry, Eric Mingus, Zeena Parkins ou Nusrat Fateh Ali Khan, e as suas composições foram interpretadas por ensembles prestigiados como o Kronos Quartet ou a hr-Sonfonieorchester e apresentadas em festivais de música e de arte um pouco por todo o mundo. A sua atividade artística transborda, no entanto, as fronteiras estritas da criação musical, projetando-se também na curadoria pontual de exposições, na escrita, no ensino e na produção de edições discográficas de outros músicos. Evidentemente, o resumo de uma carreira tão profícua como a de Sharp não ficaria completa sem a referência às várias formações que liderou ao longo dos anos, entre as quais podemos destacar a banda de hardore/jazz/blues Terraplane, com a qual gravou recentemente o álbum “Century” (2021) e que é considerada um dos seus projetos musicalmente mais acessíveis.

A edição do Guimarães Jazz de 2023 terá assim a honra de poder apresentar, numa performance a solo, aquele que é uma das figuras maiores em atividade da música de tendência exploratória do século XXI. Consuma-se assim com este concerto o regresso aos palcos portugueses de um artista aventureiro, íntegro e fiel representante dos ímpetos criativos que, através da confluência da tradição europeia e das linguagens musicais modernos do jazz, do blues, da eletrónica e da pop, permitiram o florescimento das expressões mais livres e fecundas da arte contemporânea ocidental dos últimos cem anos.


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